DROPS/ Revista WarpZone Digital Nº 2 p/ Download


o editorial, assinado por Orakio “O Gagá” Rob, Editor, fez-me recordar da época da revista SuperGamePower, muito conhecida por conter uma equipe fictícia que assinava os artigos, tornando assim a revista bem humorada, pincelando com maestria a década de 90, onde a vibe de experimentação era a palavra chave da época. Essa introdução, já me fez sorrir com um sentimento bom de nostalgia.

As matérias da edição, WarpZone Digital Nº 2, não são meros apanhados de assuntos

anarkia literária

_Temos até o Velberan assinando artigos =)

antigos, pelo contrário, temos a abordagem de StarFox 2, jogo lançado pela Nintendo para seu retroconsole, o SNES Classic Edition, também uma entrevista com David Siller, criador do game Aero the Acro-Bat, o morcego vermelho, acrobata que fez a diversão de muitas pessoas nos anos 90, no console Mega Drive. Outra matéria maneira é sobre o jogo Unholy Night, lançado em março de 2017, para SNES, criado por uma galerinha que trampava na SNK (famosa pela franquia The King of Fighters, Fatal Fury, entre outros títulos de peso).

A revista contem várias matérias interessantes, com um designer atual, porém que remete ao visu das antigas revistas que registraram a efervescência da Nintendo VS SEGA.  Duelo que rendeu muitos títulos excelentes considerados clássicos até hoje, como, por exemplo, Final Fight e Street Of Rage, ambos beat ‘em ups f0d@s*#c0s.

O pessoal da WarpZone são tão gente boa que liberam gratuitamente as edições da revista, então, nostálgicos <Game maníacos> Cliquem no cartucho para downloadpn

Comentem aí embaixo o que vocês acham da revista e dessas iniciativas nostalgias (e mercadológicas).

 

 


 

RESENHA/ Seriado Justiceiro da Netflix

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“Se vai olhar pra si mesmo, olhar bem no espelho, tem de admitir quem você é. Mas não só pra si mesmo, tem de admitir a todos”- Frank Castle


 

netfontes_arek_is_so_grungey_logou não me recordo quando conheci Frank Castle, muito provavelmente foi em alguma HQ do Homem-aranha já que era uma das poucas que lia quando criança porque financeiramente falando era extremamente difícil me aprofundar no universo Marvel (ou de qualquer outra editora). Apenas consigo afirmar que desde o primeiro contato com o personagem este atraiu minha atenção para nunca mais deixar de tê-lo. Não estou dizendo que sou um profundo conhecedor da linha de tempo (linhas de tempo) deste, no entanto, sabe quando você já é grato pelo pouco contato que teve com determinadas histórias de determinados personagens? Então, é isso.

Acredito que existe um grupo de aficionados por quadrinhos que esperam ansiosos por adaptações cinematográficas desse ou daquele personagem que estão nas suas listas de favoritos, no entanto, também acredito que exista o grupo que não espera por isso, nem cria expectativas nenhuma em relação a alguma adaptação, talvez por pessimismo, talvez por ter uma visão meio “mooreana” em relação a multimídia.  Eu faço parte do segundo grupo. Tem tantas adaptações que não assisti que poderia fazer uma lista imensa. Decepções no passado gera trauma e isso é em relação a tudo na vida. E essa postura não é só com quadrinhos, não, mas também sou assim em relação às adaptações de games, livros, etc. Por exemplo, até o presente momento não assisti o seriado de Deuses Americanos, adaptação da obra, de mesmo nome, do escritor Neil Gaiman, e olha que este está envolvido no projeto.

Enfim, enquanto escrevo essas delongas, Hurt de Johnny Cash, rola no mídia player, e estou divagando.

“Todos os que conheço vão embora no final”.

Apesar de todo meu descaso com adaptações, decidi assistir o novo seriado Marvel da Netflix, Justiceiro, de Steve Lightfoot, escritor e produtor britânico, aclamado pelo filme da NBC, Hannibal. Infelizmente, eu não assisti o seriado Demolidor, então, não vi a aparição de Jon Bernthal, interpretando Frank Castle (só sei que muitos dizem que este roubou a cena). Não ter assistido, a meu ver agora, é uma lástima. Porém, acredito piamente que não tê-lo feito não muda em nada a experiência que tive vendo o seriado. Pra começo de conversa temos que optar por aceitar a forma que este foi caracterizado por Lightfoot, caso contrário, esqueça, não vai rolar. O Justiceiro que temos é um veterano de guerra, que carrega consigo os horrores do campo de batalha, não por que este sofria a perturbação de tirar a vida de alguém, pelo contrário, sua guerra interna era sentir o prazer de empunhar uma arma e agir furtivamente em nome do seu país, no entanto, consciente que punha em segundo plano sua família: esposa e filhos. Há a dor de perdê-los, há a dor de não ter optado por eles. Frank, vestindo sua icônica camiseta estampada com crânio, pôs fim nos envolvidos na morte de sua família, no entanto, não todos,  então o fato de existir sobreviventes, na série, é sua motivação a seguir em frente. Então, sabendo que existem nomes envolvidos que não são apenas do submundo do crime, mas também do governo só piora a situação. Aliás, algo que o leva a conhecer as consequências de uma de suas missões. Ainda temos um ex-soldado de infantaria que opta por eliminar criminosos, mas não temos um homem com essa meta, temos um homem marcado pelo passado e a dor da perda. Esse homem com feridas aberta no peito, de certa forma, extremamente romantizado, é o Frank que temos. Conscientes disso (aceitando isso), podemos considerar essa adaptação quase uma obra prima- mas essa coisa de obra prima é tão, tão subjetiva, não é? Mas exageros a parte, a série me ofereceu bons momentos.

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_Esse maluco manda muito bem

Sendo a série nova não posso discorrer muito, o que posso dizer é que prendeu minha atenção do começo ao fim. Excelente trilha sonora composta por Tyler Bates, conhecido por suas participações em filmes como Guardiões da Galáxia I e II e John Wick; e, poxa, temos também, Tom Waits, Paul Weller e Marilyn Manson, afora o trailer de divulgação com One do Metallica. Outro ponto de destaque é a fotografia do seriado e as cenas de lutas que são muito convincentes. A abordagem narrativa não oferece um Justiceiro violento, marca registrada do personagem nos quadrinhos, entretanto, as cenas que isso ocorre não são nada gratuitas e deixa a trama cada vez mais pesada. É incrível o olhar de psicopata do ator Jon Bernthal, encarnando Frank. O mais fascinante é que o cara dá medo, ao mesmo tempo em que cativa. A gente compreende suas dores, motivações e circunstancias, tonando criveis suas alianças, a trama induz sentido a essa diferença entre o Frank da Netflix e o Frank da HQ.  Para quem não assistiu ainda, garanto que os momentos finais são de tirar o folego e fazem jus ao personagem. Contrariando muitos, não considerei a narrativa arrastada, pelo contrário, considero que teve o time certo, afinal de contas, tem muitos bons personagens que mereceram um pouco de atenção por parte da produção, pelo menos eu fiquei feliz em não ver só porrada, pontapé e armas brancas/fogo, não que seja contra violência em produções áudio visuais (até por que sou fascinado pela franquia game, Mortal kombat, então…), mas é sempre extremamente importante termos personagens com psique elaboradas e que façam sentido na narrativa.

Por causa do seriado em questão comecei a assistir Demolidor e… muito f$*@


TRAILER:


 

Análise da 6ª Temporada de GRIMM

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skull-1801945_640ADVERTÊNCIA: Contem Spoillers.


SINOPSE:

O protagonista da série é Nick Burkhardt, um investigador da Homicídios do Departamento de Polícia de Portland, que tem sua vida transformada quando lhe é revelado que descende dos Grimms, uma linhagem de guardiões encarregada de manter o equilíbrio entre a humanidade e os Wesen, criaturas mitológicas que apesar de se fazerem passar por pessoas normais, especialmente na aparência, possuem uma outra entidade, na maior parte das vezes oculta aos humanos – Wesen é a palavra do alemão para ser ou criatura. Ao longo dos episódios, ele trava batalhas contra todo tipo de perigosas criaturas com ajuda de seu amigo Monroe, um Wesen, e de seu parceiro, o detetive Hank Griffin.

ABERTURA: Era uma vez um homem que vivia uma vida tão incomum, que esta tinha que ser verdade. Só ele podia ver o que ninguém mais podia – a escuridão interior, o verdadeiro monstro contido. E ele é o único que deve detê-lo. Este é o seu chamado. Este é o seu dever. Esta é a vida de um Grimm.”– [fonte: Wikipédia]


Atualmente não tenho feito resenhas, criticas, etc., de livros, quadrinhos, filmes, seriados e tudo o que consideramos parte do universo nerd/geek porque estava exigindo de mim muito tempo na manutenção do Anarkia Literária, no entanto, abrirei uma “exceção” neste caso. O motivo?  Pelo fato de que Grimm, série da NBC inspirada nos contos dos irmãos Grimm ter “mexido” muito comigo, algo que há um bom tempo não ocorre. Infelizmente, preciso dizer que não acompanhei o seriado na sua estreia, apenas comecei a acompanha-lo em Setembro desse ano, ou seja, assisti, praticamente, todas as temporadas seguidas devorando cada episódio um atrás do outro.  O fazia pela Netflix, mas a ansiedade foi tão grande pela 6ª temporada que acabei fazendo download dos episódios, pela razão  desta temporada ainda não estar disponível no canal. O lado negativo de assistir os capítulos depois de muito tempo de sua exibição é o fato de que não passamos pela expectativa que passam aqueles que

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Nick

começam a ver um seriado no seu inicio, esperando ansiosamente pela gravação/ produção dos novos episódios e de alguma forma acompanhando a trajetória dos atores envolvidos que acabam nos conquistando pelo carisma e/ou bom desempenho ao encarnar determinado personagem. Chego a dizer que não acompanhar algo na sua efervescência tem suas consequências em todos os ramos de entretenimento, por exemplo, eu acredito, ou melhor, dizendo tenho consciência de que ler O Monstro do Pântano de Alan Moore atualmente não tem a mesma… profundidade? que seria fazê-lo nos anos 80 vivenciando a cultura da época, no entanto, é importante ressaltar que nem por isso a obra de Moore ficou datada, longe disso. De qualquer forma digo que assistir Grimm, acompanhar os dilemas dos personagens (Nick, Monroe, Sean...) foi uma experiência extremamente gratificante e prazerosa, uma vez que todos os atores são muito bons; e cada personagem, herói ou vilão, é muito bem estruturado e carismático, aliás, podemos afirmar que eles não são pragmáticos e isso gera uma verossimilhança muito maior.

Na 6ª temporada chegamos ao final da jornada de Nick Burkhardt (David Giuntoli) contra os Wesen e finaliza o mistério das chaves. Li em várias analises dessa temporada que agiram corretamente ao produzirem apenas 13 episódios, sem muita enrolação para

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Monroe, o Blutbad que eu torcia sempre pra não morrer rsrs

chegar ao grand finale da série, no entanto, eu discordo, considero que poderiam ter arrastado um pouco mais os acontecimentos pra esmiuçarem melhor o contexto da narrativa, por exemplo, mostrar a posição dos que sobraram da realeza em relação às atuais acontecimentos da história, a 5ª temporada, no qual Diana (Hannah Loyd), filha do Capitão Sean Renard (Sasha Roiz) e Adalind Schade (Claire Coffee) foi capturada novamente pela “Resistência”, e de como ficou a atual situação em relação a MA, já que a Trubel (Jacqueline Toboni) foi convocada a uma reunião por alguém que demonstrou que queria muito também a presença de Nick. Alias, é importante falar sobre isso porque, eu interpretei da seguinte maneira determinados diálogos estranhos de Trubel sobre a morte de Kelly Burkhardt (Mary Elizabeth Mastrantonio), mãe de Nick: ela estaria viva e então seria o último membro existente do MA depois de Trubel. Se pararmos pra pensar, a Kelly, calculista que demonstrou ser em todas as suas aparições jamais cairia na cilada armada por Juliette (Silverton Bitsie Tulloch). Quando Trubel voltou para a casa de Nick esta o fez por determinado motivo que, se minha memória não falha, não foi realmente explicado, então, deduzo que tenha sido para pegar o corpo e cabeça de Kelly e escondê-lo antes que percebessem que este corpo não era da verdadeira Kelly, mas assim alguma armação para esta se manter viva e assim poder dar cabo da organização Wesen, Garra Negra, de alguma forma. Chego a acreditar que por terem chegado à conclusão que deveriam finalizar o seriado, decidiram passar por cima de algumas ideias do roteiro e mudaram- o completamente.

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Hexenbiest , Wesens inimigas por natureza dos Grimms

Em relação ao pedaço de madeira, encontrado na Floresta Negra, ser parte de um cajado foi uma grande sacada, afinal de contas esse tipo de artefato tem sido parte de muitas mitologias/ religiões desde que o mundo é mundo.  Criarem um evento aparentemente apocalíptico, apesar de ser clichê, era algo esperado já que, de certa forma, por terem usado os Templários na história, não poderia ser algo diferente disso. No entanto, quando pequenos detalhes na narrativa nos levavam a questionar se não seria um tipo de apocalipse, Ragnarok da vida, já fiquei imaginando como isso seria desenvolvido, mas logo cheguei à conclusão que não poderia ser da forma que eu faria, (ou os roteiristas queriam fazer) afinal de contas, exigiria muita capital para a produção de um evento catastrófico, envolvendo uma entidade poderosa tanto fisicamente quanto espiritualmente, ou seja, o final que tivemos não poderia ser outro por questões técnicas. Eu tive a nítida impressão que os dados místicos no pano que envolvia o pedaço de madeira, não seriam usado da forma que o foi. Como se de ultima hora decidissem: “vamos fazer assim, então!”.  Não sei, só sei que fiquei com essa impressão.  Algumas pessoas interpretaram os momentos finais da série da seguinte forma: tudo se passava

Grimm - Season 5

Trubel s2

num universo paralelo como um pesadelo, quando Nick matou o vilão, ele superou esse mundo paralelo e pode voltar através do espelho, onde voltou para o mundo normal e todos estavam vivos. No entanto, eu interpretei diferente esse final. Em determinado momento cheguei a acreditar que o Nick estava em algum estado de controle mental, ou pela varinha mantida consigo para testar seu potencial como Grimm (e isso inclui seus valores éticos e morais); ou pelo Zerstorer induzindo-o a entregar a vara (pedaço de madeira), mas em ambos os casos no mundo paralelo, no entanto, tal hipótese não se confirmou a partir do momento no qual temos o final do evento. Considero que tudo realmente aconteceu no mundo normal e teve consequências sérias na vida de todos os envolvidos (muitos mortos e Diana dominada por um poder muito maior que o seu por esta ainda ser uma criança sem domínio pleno dos seus poderes), no entanto, pelo fato de Nick desejar a ressurreição dos amigos mortos (e por ter sido mostrado que os Grimms são seres com imenso poder dentro de si, mas que não sabem anda a extensão disso), o cajado encontrou uma forma de fazer com que a morte do de Zerstorer não se mantivesse com o desastre, no caso retrocedendo o tempo, fazendo com que Nick continuasse antes das mortes dos amigos. Vale ressaltar que de forma (talvez, intuitiva) Diana sabe que o futuro foi mudado, alias o tempo retrocedido. Essa questão do tempo ter sofrido retroação funcionaria também como uma forma de demonstrar o poder do cajado e, uns dos motivos, para este ter sido dividido em pedaços, visto que, alguém ciente disso, tendo pleno domínio do seu poder poderia tornar-se uma espécie de deus.

Alguns podem me considerar “Du mal”, no entanto, eu preferi mil vezes a Eve em comparação a Juliette, visto que, esta no começo, era um personagem que não me atraia tanto, por aparentar ser um tanto vazia, porém, nas duas temporadas finais, esta mesmo diz que encontrou um propósito pra si e que admitia sofrer desse vazio. Outra boa sacada dos roteiristas David Greenwelt e Jim Kouf em Grimm. Enfim, muito poderia ser dito do que eles poderiam ter feito com o seriado, logo que o roteiro da margem a muita coisa que poderia ser feita, no entanto, resta aceitar que acabou e que não terei (teremos) mais aventuras de Nick e Cia. Sentirei saudades de todos os personagens, principalmente do protagonista, Nick, de Eddie Monroe [Silas Weir Mitchell], Trubel e do Sargento Drew Wu [Reggie Lee]. Acho até que vou procurar ver outros filmes com esses atores… hahaha.

Grimm é um seriado que vale muito a pena assistir. Eu mesmo quando sair na Netflix essa última temporada, assistirei novamente. ficarei também longe da dublagem que é terrível, sério.

Fico por aqui, quem sabe, volto a postar no AL.


Trailer: 


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Fontes de Pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Grimm_(teless%C3%A9rie)#Personagens

https://poltronanerd.com.br/series/critica-grimm-conclui-seus-misterios-e-foi-um-adeus-tocante-para-os-fas-49737


 

GUYVER- O HERÓI DAS TREVAS

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netfontes_arek_is_so_grungey_logom meados dos anos 90 [e miados lá fora] eu assisti na REDE CNT, [a bem da verdade não me recordo exatamente se o foi nesse canal, ou na Manchete], a um filme bem estranho à primeira estancia: tratava de um cara saindo de sua aula de AIKIDO, e numa viela atacado por uma gangue na intenção de roubá-lo, então temos vários “punks” suburbanos em cima do cara que tenta se defender a medida do possível, até que chega à suas mãos uma maleta na qual continha um estranho objeto que acaba se fundindo ao corpo do carinha loiro e transformando-o numa espécie de alienígena, que me fazia pensar em BLACK KAMEN RIDER e ULTRAMAN, porém bem estiloso, na verdade, e que “dá um pau” nos arruaceiros e faz com que corram que nem doidos.

É, sabe no que eu pensava? Na hora veio na cabeça o jogo STREET OF RAGE, mas com uma pegada ALIEN Vs PREDADOR pelas ruas, num Beat ‘em up sensacional. Sim, apesar das piadinhas, por vezes infames, de cenas não muito bem trabalhadas, e um enredo não021 (1) muito genial, mas nem de longe de se jogar fora, fui assistindo e curtindo a trama que, na época adolescente, me parecia bastante gore e até assustador em algumas cenas. Sério, foi marcante.

Conversando com um amigo, este me falou sobre um filme que havia assistido há mais de 10 anos atrás, no entanto, não lembrava mais do nome do “dito cujo”, foi quando, por sua descrição, cheguei à conclusão que se tratava de GUYVER, só que, eu também, não me lembrava do nome, porém sabia que tinha uma revista antiga [HERÓI GOLD Nº 30] que falava do filme, e fui pega-la na mesma hora, e descobrimos o nome exato, encontramos no YOUTUBE, o LIVE-ACTION e combinamos que assistiríamos quando tivéssemos tempo, e assim o fizemos, ele antes de mim, eu esses dias, pois bem: o que achei? Continuou sendo meio Gore, assustava ainda em alguns aspectos [permitindo-se entrar no clima], no entanto, o que mais via eram piadas infames que fazem as do PETER PARKER serem obras primas, “Serião”. Quanto ao enredo? Ah, “cara”, gostei, entendi melhor quando assisti a continuação GUYVER- THE DARK HERO II. OK, vamos aos dados técnicos.

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GUYVER- THE DARK HERO II

GUYVER, A ARMADURA BIO- PROGRESSORA é autoria do escritor YOSHIKI TAKAYA ,em 1985. Foram 12 adaptações em forma de OVAs entre 1989 e 1992– Em 1986: OVA GUYVER: OUT OF CONTROL, 2 filmes Live-Action Norte- Americanos e um Anime de 26 episódios no ano de 2005, baseado nos volumes 1 ao 10 do Mangá. O Mangá iniciou-se no ano de 1985 sendo lançado até hoje, contendo atualmente 28 volumes com mais de 170 capítulos- isso que é uma série ser bem sucedida, né não?

Não li o Mangá, nem assisti o Anime e as adaptações Live- Action Oriental, porém assisti os dois Norte- Americanos, e é destes que pretendo falar.

No ano de 1991, Guyver surgiu nos cinemas dos Estados Unidos numa versão Live-Action pelas mãos dos diretores SCREAMING MAD GEORGE e STEVE WANG contendo um roteiro similar à versão Japonesa com bem poucas alterações durante a adaptação.

O personagem principal que na obra original chama-se SHO passou a se chamar SEAN, interpretado pelo ator JACK ARMSTRONG, pouco conhecido pela mídia na época [e agora menos ainda].

A trama trata sobre uma Unidade conhecida como Guyver, um ORGANISMO TECNOLÓGICO [ou ARMA BIOLÓGICA] alienígena, capaz de ampliar a energia do hospedeiro conferindo a este alguns poderes especiais [melhor explorados no sequencia do filme] que acabou vindo para a terra e tornou-se obsessão da CORPORAÇÃO CHRONOS CORPORATION, encontra-la e poder usá-la para seus benefícios maléficos de controle da humanidade. Nesse ínterim o jovem Sean, que ao enfrentar uma gangue de rua, acabou tendo incorporado no seu corpo a unidade Guyver ajudando-o a se safar do problemão que havia entrado, descobre que tal organização está atrás da arma biológica e parte em busca de respostas e da eliminação da organização, enquanto esta tenta recuperar a Guyver, enviando os mais variados ZOANOIDS atrás do maluco. Mas, que p%#@ de nomes estranhos são esses? Do que se trata exatamente?

Para as respostas é preciso falar um pouco da sequencia: GUYVER: DARK HERO II.

Nesta sequencia a produção assume níveis superiores no quesito efeitos especiais, cuidado com o design e com roteiro. Temos agora uma trama mais séria- porém, com outro ator no papel de Sean : DAVID HAYTER– onde Sean descobre a origem da unidade Guyver ao se unir ao um grupo de arqueólogos que haviam descobertos resíduos alienígenas que aparentemente tinham ligação com a unidade, no entanto, o líder do grupo também é um Zoanoid trabalhando para o líder da Chronos Corporation, contratado para encontrar as unidades. Em determinado momento temos a explicação do que se trata Guyver e do que são os bichos estranhos incorporados nos membros da Chronos Corporation.

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VOLTEMOS 65 MILHÕES DE ANOS NO TEMPO:

Uma raça alienígena conhecida como OS CRIADORES veem ao Planeta Terra e desenvolvem armas biológicas, fazendo experiências com as mais variadas formas de vida; criaram a raça Humana, criando logo após uma raça mais poderosa, no caso, os ditos Zoanoids. Eles criaram um organismo vivo baseado numa gênese mutante objetivando a criação de Soldados que fossem capazes de guerrear entre eles [sempre há a discórdias nesses roteiros, pois, é não é?], mas, que numa nova experiência esse organismo mutante foi fundido ao organismo dos seres humanos criando uma hibrido de aliem e humano que acabou por superar as expectativas dOs Criadores, por ser excelente em batalhas, possuidor de grande força, agilidade e energia, mas tal organismo possui características similares ao VENON da MARVEL, ele passou a tomar controle do hospedeiro agindo por sua própria vontade de forma irracional e sem controle, surtando e destruindo uma das naves alienígenas passando a ser considerada um fracasso total, por ser incontrolável, tal motivo deu origem ao nome do organismo considerado uma unidade de nome Guyver que no dialeto alienígena significa Fora de Controle. Por tal motivo, Os Criadores enviam BALCUS, mais poderoso do seu povo para retirar a unidade do corpo do humano, conseguindo o intento ao arrancar o Metal de Controle da testa do mutante, capturando o humano em seguida, incinerando o corpo, guardando a unidade Guyver para si ao passo que os Criadores deixam a Terra, temerosos de que algo aconteça deixando o seu guerreiro ali. Passando se séculos Balcus, cria uma legião de Zoanoids, fundando a Corporação Cronos.

Na época atual a Corporação Chronos encontra a unidade Guyver, no entanto, o Doutor TETSU SEGAWA, membro do grupo de pesquisa da corporação, adquiri consciência do poder que a Unidade alienígena possui e entra em contato com a C.I.A marcando um encontro com o policial MAX REED [interpretado pelo ator MARK HILL que fez LUKE SKYWALKER em GUERRA NAS ESTRELAS] para entregar para as autoridades a Unidade Guyver: ah, pronuncia-se GAIBĀ , só que é morto pelo capanga LISKER, um Zoanoid [interpretado por MICHAEL VERRYMAN, o cara que fez o psicopata do filme QUADRILHA DE SÁDICOS] e a maleta do Doutor acaba indo parar num beco, o qual Sean encontra e é dominado pela Unidade, cobrindo-o como uma espécie de armadura viva e salva-lhe da retaliação que sofreria dos encrenqueiros do beco. A partir de então, a trama se desenvolve como dito no começo do post mostrando o desenrolar, ora trash, ora cômico do enredo que não explica exatamente a origem da Guyver, apenas se concentrando em mostrar o quanto ela é poderosa, e cobiçada pelo líder da Chronos Corporation, o Zoanoid Balcus [interpretado por DAVE GAIL do filme RE-ANIMATOR].

A origem da Unidade é explicada na continuação, onde Sean conecta-se com o Zoanoid cérebro da nave encontrada pelos arqueólogos e visualiza em frashs o que ocorrera. Deixando o herói [podemos considera-lo herói? Rsrs] a cargo de definir seu próprio futuro, decidindo a serventia que terá a sua existência como um portador da Unidade Guyver, que muitas vezes toma o controle por si próprio do corpo de Sean e não tem freios para a punição dos inimigos que cruzam seu caminho. A trama do segundo filme é bem melhor do que do primeiro, tendo deixado de lado a “tiração de sarro” contínua, dando certo “gostinho de quero mais”, mas creio que não haverá [infelizmente] tão cedo uma nova versão do Live-Action que no Brasil fora lançado em vídeo.

Para quem gosta de uma trama despretensiosa com cenas de violência, ação e aquele misto de produção japonesa e americana, eu recomendo esses dois filmes.

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Obs: Ver Max Reed se tornando um grilo falante foi bem grotesco kkkkk

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GUYVER- THE DARK HERO II

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FONTES DE PESQUISA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guyver

Herói Gold- Número 30- Marcelo Del Greco, págs: 36, 37,38,39.

 

Cinema: NA NATUREZA SELVAGEM [INTO THE WILD]


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“Olá amigos! Esta é a última comunicação que receberão de mim. Vou agora partir para viver no meio da natureza. Cuidem-se, foi muito bom conhecer-vos.”Alex [Chris McCandless]


 “Não tenho medo/ Pois quando eu estiver sozinho/ Estarei numa situação melhor do que antes” Long Nights Eddie Vedder


NA NATUREZA SELVAGEM é adaptação do livro, de mesmo nome, escrito pelo jornalista americano JON KRAKAUER, que por sua vez tem como base as memórias de CHRISTOPHER MCCANDLESS– interpretado por EMILE HIRSCH– um jovem mochileiro americano que morreu perto do PARQUE NACIONAL DENALI depois de caminhar sozinho na selva do ALASCA com pouca comida e equipamento.


“Se admitirmos que a vida humana pode ser regida pela razão, está destruída a possibilidade da vida”-  CHRISTOPHER MCCANDLESS


CHRISTOPHER é um jovem que se sente desconfortável pelos valores de sua família, sabe que no fundo seus pais vivem sob máscaras sociais, escondem seus problemas e sua infelicidade conjugal. Não quer seguir o caminho que traçaram para si, mas, sim, fazer seu próprio caminho, mais que isso: quer descobrir a verdadeira liberdade.  Na busca pela liberdade, CHRISTOPHER, assim que satisfaz o desejo do pai de que ele termine a faculdade, doa o dinheiro que tinha na poupança, e sai pelo mundo na intenção de chegar até o ALASCA.  Solitário como sempre se sentira desde criança teve nos livros seu refúgio, desde LEV TOLSTOI, escritor Russo, a JACK LONDON, famoso pela obra CANINOS BRANCOS; e como LONDON, começa a voltar seu olhar para a natureza e no que esta pode prover aos indivíduos que distanciam-se do materialismo desenfreado (consequência do capitalismo).

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Usando o nome de ALEXANDER SUPERTRAMP conhece as mais diferentes pessoas pelo caminho, sempre perseverante que a liberdade está na solidão da natureza: “É nas experiências, nas memórias, na enorme alegria triunfante de viver até ao limite, que se encontra o verdadeiro significado”. Porém, a questão é: qual a definição exata de liberdade? Aliás, quem nunca refletiu sobre o sentido da liberdade? Como defini-la corretamente se sabemos que somos seres sociáveis, ou seja, se há a necessidade de contato humano? Não por acaso deixamos de ser nômades. O que o jovem CHRISTOPHER está fazendo não seria, então adentrar num novo refúgio? Ou seja, de qualquer forma não está criando nova forma de amarra? Não, por acaso, NA NATUREZA SELVAGEM, no original inglês, INTO THE WILD, é um filme que merece- e deve- ser conferido, visto que, essa reflexão é recorrente na narrativa do inicio ao fim.

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_Essa atriz ficou famosa…


Deixo a seguir a reflexão que fiz, postada no meu outro blog: KRONICAS DO LOBO INVERNAL:

“Liberdade, eu me pergunto: o que és tu? Há limites para o que posso fazer? Ou melhor, há limite para o que posso ser? Até que ponto a liberdade se estende? O universo é liberto dos deuses? É possível a sociedade viver sem vossa presença? Até que ponto vive os deuses sem nossas crenças? O ser humano é liberto dos extintos primais? Nossas mentes podem manter-se sem, no cérebro, conter suas três partes principais? É possível realmente viver sem nosso corpo? Existe espírito? Posso encontrar no caos, o equilíbrio? O coração não é apenas um órgão que bombeia sangue? Existe liberdade no coração? Existe liberdade de expressão? Preconceito, violência, imoralidade não são expressão? A morte não é o fim, a extinção, prisão? Sem ele, é possível estar livre dos sentimentos? Sem a mente? Sem as regras? Sem a existência dos pecados, da imposição? Somos cidadãos sem lenços, sem documentos? Há liberdade, existindo tempo? É verdade que existe liberdade apenas nos pensamentos, onde não há quem possa punir, ou, restringir devaneios? Então não há consciência? Nem valores no inconsciente coletivo? É possível existir liberdade na leveza de nossa própria alma?

Na verdade vos digo, a liberdade é um pássaro no céu, aprisionado por suas próprias asas”.


Acredito que saindo do óbvio, no caso  a reflexão sobre o sentido da liberdade, NA NATUREZA SELVAGEM faz outro e mais importante questionamento:

qual é o segredo da felicidade?

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A trilha sonora do filme merece destaque, pois é o primeiro trabalho solo do músico EDDIE VEDDER, vocalista do PEARL JAM, e demonstra o talento artístico de VEDDER.


TRILHA SONORA

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_O Trailer continua lá, sendo motivo para visita dos turistas carniceiros, por assim dizer.

É um filme que recomendo.

 


“A felicidade só é verdadeira quando compartilhada.”


 

 

OS ANIMAIS DO BOSQUE DOS VINTÉNS


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THE ANIMALS OF FARTHING WOOD, animação Europeia conhecida no Brasil pelo nome de OS ANIMAIS DO BOSQUE DOS VINTÉNS, marcou profundamente a minha vida- Sério- de uma forma que posso dizer que ajudou em minha construção de caráter –aliada, é claro, com a educação oferecida pelos meus pais e percepções/reflexões próprias– com sua narrativa cheia de emoção e valores como honra, companheirismo, amor e busca pela liberdade de viver em paz.

O que faz dessa animação tão marcante assim? Ah, cara! Só para se ter uma ideia, o desenho conseguiu utilizar-se de fatores como violência e morte para construir uma4c4rjeb narrativa extremamente poética, educativa e capaz de gerar mil e umas reflexões filosóficas. A premissa do desenho é simples: Animais que viviam num bosque conhecido como O bosque dos Vinténs, decidem viajar em grupo na busca de uma reserva natural chamada de O PARQUE DO CERVO BRANCO a partir do momento no qual seu habitat natural passa a ser destruído por humanos gananciosos, e com o juramento de PROTEÇÃO MÚTUA, seguem cuidando um do outro apesar de serem de cadeia alimentar diferente, adentrando num percurso perigoso cheio de conflitos e mortes. A RAPOSA é escolhida como líder e o SAPO- aquele que numa de suas viagens conheceu  O Parque do Cervo Branco– torna-se o guia do grupo.

A concepção pode ser simples, mas, o desenvolvimento da narrativa é genial.

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Para começo de conversa nós nos identificamos com TODOS os personagens até mesmo os mais sacanas como a COBRA que volta e meia dá seus deslizes. Todos eles são bem construídos e extremamente humanizados nos levando a empatizar com suas alegrias e sofrimentos no decorrer do caminho.

Assuntos como, o meio ambiente sendo devastado, seja pela ganancia, seja pela consequência da guerra, da progressão social e tecnológica, da caça desenfreada afetando todo o ecossistema, são recorrentes durante a história dos Animais que são peça chave para passar a mensagem da importância do amor e amizade e preservação do meio ambiente.

A RAPOSA com aquele jeito sério, chato de ser, era meu personagem preferido, talvez, por identificação com ela. E para ajudar nessa simpatia, o dublador da personagem foi ÉLCIO SODRÉ, o mesmo cara que fazia a voz do SHIRYU DE DRAGÃO de CAVALEIROS DO ZODÍACO– e note que sem querer, a personalidade de ambos os personagens são similares. Outro personagem que adorava era o GAVIÃO que passava o tempo todo nos ares buscando delimitar o território, prevendo determinados perigos, no entanto, apesar desses dois personagens serem meus preferidos, tem outros dois que- cara– são fantásticos: A TOUPEIRA e O FAISÃO.

A TOUPEIRINHA- como o TEXUGO costumava se referir à coitadinha que por sua cegueira vivia se perdendo– sempre nos deixava aflitos ao vermos o perigo que ela corria quando ficava só. Mano, dava vontade de tentar entrar pela tela do televisor e ajuda-la. TOUPEIRINHA é o signo da inocência durante a narrativa como os outros animais são signos também, e nisso, aproveito para falar do FAISÃO que perde a sua amada para o dono de uma fazendo que a preparou para o jantar. Eu senti em mim a dor da personagem chorando pelo seu amor perdido.

Durante a narrativa a morte é um símbolo usado para mostrar o valor da vida.

E pode ter certeza, não são mortes gratuitas não. Cada uma delas tem sua razão de ser e são inevitáveis perante os acontecimentos. Quem não ficou triste e não chorou litros de lágrimas quando os dois porcos espinhos morreram ao tentar atravessar a rodovia, único caminho para continuarem seguir a meta de chegarem à reserva? Essa cena é extremamente marcante- E ao contrário do que já ouvi de pessoas que assistiram o desenho, discordo quando dizem que são cenas capazes de traumatizar.

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A animação foi criada pela EUROPEAN BROADCASTING UNION – União Europeia de Radiodifusão [EBU-UER] entre os anos de 1992 e 1995, inspirados numa série de livros escritos por COLIN DANN, sendo dividida em três temporadas: a primeira conta à busca dos Animais do bosque dos Vinténs pela reserva, a segunda, os conflitos entre eles e os animais já residentes do Parque do Cervo Branco como também conflito entre A RAPOSA e seu filho AUDAZ que abandona o parque, voltando tempos depois com a nova companheira, a terceira se foca na reserva sendo envenenada por produtos tóxicos e o desenvolvimento da guerra entre os animais e os recém-chegados RATOS que pretendem dizimar todos os predadores e assim tornarem-se os únicos predadores na reserva.

No Brasil, a exibição se teve na TV CULTURA entre os anos de 1993 e 1999, e como nunca é diferente por aqui, alguns pais preconceituosos – sim, preconceituosos, pois quem se propõe a assistir o desenho consegue ver o quanto o desenho é genial– chegaram a ligar para a emissora reclamando do teor violento do desenho, obrigando a emissora mudar o horário de exibição e como também não é diferente, e grande porcentagens do brasileiros são adeptos da polemica, isso fez com que os desenho fosse mais cultuado ainda, retirando dois a três pontos de audiência das novelas da sete, da GLOBO.

EU CHOREI E SOFRI COM ESSES PERSONAGENS. APRENDI MUITA COISA SOBRE A VIDA E A INEVITABILIDADE DA MORTE.


Cheguei na 8ª Série ser muito elogiado por uma professora quando numa proposta dada por ela aos alunos da sala de criarem uma fábula/ conto, misturei um pouco de OS ANIMAIS DO BOSQUE DOS VINTÉNS e a música DEZESSEIS da banda LEGIÃO URBANA, onde criei uma narrativa sobre um lobo recém-chegado a uma floresta que sofre por um amor platônico e se vê perdido nas mãos do tirano do lugar, um lobo de maior porte com o qual duela e no final mesmo sabendo que poderia vencer a luta, a usa como desculpa para cair dentro de um abismo conhecido como “A boca do diabo”, e num suicídio, minutos antes do por do sol, temos nos últimos raios de luz da tarde, a despreocupação dos animais que assistiam o duelo e voltavam para seus lares satisfeitos com o sangue derramado e a morte dos valores– sendo sincero era bem autobiográfico.


No Blog do DEMETRIUS VIGNATI é possível encontrar episódios da primeira temporada para download. Os episódios estão em qualidade baixa, porém é extremamente difícil para encontrar, sendo assim agradeço o dono do blog pela postagem e para quem nunca assistiu- ou quiser relembrar– deixo o link do blog do cara.


ABERTURA DA ANIMAÇÃO:

https://www.youtube.com/watch?v=6jln3u_L9Hc

CURIOSIDADES [retiradas da Wikipédia]

I- A primeira temporada da série foi baseada no livro ANIMALS OF FARTHING WOOD de COLIN DANN. Para a segunda temporada, os livros IN THE GRIP OF WINTER, FOX’S FEUD E THE FOX CUB BOLD serviram como referência. A terceira e última temporada foi inspirada nos livros IN THE PATH OF THE STORM e BATTLE FOR THE PARK

 II- A terceira temporada é inédita no Brasil.


O que me deixa triste é o fato de que com essa hipocrisia do politicamente correto atual dificilmente o desenho passaria do primeiro episódio se fosse exibido agora. Á grande verdade é que o sistema brasileiro desmerece nossa inteligência.

Somente resta saudade da época em que tínhamos desenhos de qualidade em rede aberta.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Animals_of_Farthing_Wood

Grandes desenhos do passado – Os Animais do Bosque dos Vinténs

http://demetriusvas.blogspot.com.br/2013/11/animais-do-bosque-dos-vintens-download.html

CINEMA: DEADPOOL


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“Peraí! Querem saber por que o traje é vermelho? É para os vilões não me verem sangrar!”Deadpool


SINOPSE: Quando o ex-militar e atual mercenário Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com um câncer em estado terminal, o mesmo encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele então adota o alter-ego Deadpool para buscar vingança contra o homem que destruiu sua vida”.


DEADPOOL Trailer Oficial:

https://www.youtube.com/watch?v=rW-44KuoAdA

Quando terminou uma oficina de áudio visual, que estava participando, idealizada por CLEINER MICCENO, cidade de Mairinque, encontrei um amigo e disse a ele que iria assistir DEADPOOL, este disse que já havia assistido, indagado por mim, se o filme o satisfez, afirmou veemente: “é bom, mas poderia ser melhor”.  Eu disse o seguinte: “normalmente não me interesso por adaptações de quadrinhos na linguagem cinematográfica, então não espero muita coisa quando me disponho a assistir alguma delas”. Na verdade, talvez por preguiça, não fui lá muito sincero porque tinha alguma expectativa em relação ao filme, poucas, mas tinha, a bem da verdade alguns filmes que assisti de adaptações de HQs, infelizmente me decepcionaram, e a decepção tem tendência a tornar-se generalista e isso é muito negativo. Dos últimos lançamentos, quase nada assisti por causa desse preconceito adquirido, uns dos exemplos de filme decepcionante é o filme LANTERNA VERDE do diretor, MARTIN CAMPBELL, que me fez indagar o tempo todo: “o que fizeram contigo Hal Jordan?” ironicamente, RYAN REYNOLDS, o mesmo que interpretou JORDAN, assumiu o papel de DEADPOOL, e dessa vez conseguiu me tirar um sorriso de satisfação.

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Na verdade, REYNOLDS, já havia interpretado o mercenário louco da MARVEL antes, isso ocorreu no filme X-MEN ORIGENS: WOLVERINE, porém é considerada, por muitos, uma aparição ridícula, devida a descaraterização do personagem se pensarmos em termos de fidelidade com o personagem dos quadrinhos:  WADE WILSON, como muitos sabem, criado por ROB LIEFELD e FABIAN NICIESA, surgido em 1991, como paródia do personagem EXTERMINADOR [Deathstroke] da DC COMICS, no entanto, sua persona de mercenário insano, sua postura politicamente incorreta, seu humor negro, fez deste ícone pop da cultura nerd quadrinística. De certa forma DEADPOOL serviu como uma forma de REYNOLDS se livrar do fantasma que o assombrava: “Só não vale um uniforme verde ou animado”; e conseguiu despertar de forma genuína em mim a vontade de assistir adaptações feitas há alguns anos e as novas que serão exibidas no cinema esse ano: agora definitivamente quero assistir ESQUADRÃO SUICIDA e BATMAN VS SUPERMAN – A ORIGEM DA JUSTIÇA.

Eu li um artigo no site omelete.uol.com.br que disse : “ Trata-se de mais um filme de origem de super-heróis. Temos ali algumas cenas de ação e um final que desnecessariamente tenta ser mais grandioso do que deveria”, e continua no paragrafo final: “o filme perde alguns pontos pela falta de vontade de se arriscar mais no roteiro, tornando-se assim sem-vergonha em outro sentido também”. Discordo do artigo completamente.

O personagem apesar de ter surgido na década de 90, possui uma longa trajetória, principalmente em relação à forma que foi adquirindo os seus poderes. Se tudo pelo o que passou até o momento nos quadrinhos fosse reproduzido na telona, com certeza seria preciso mais de um único filme apenas para detalhar mais detalhadamente sua origem, e, sério, não teria a menor graça.  Conseguiram simplificar seu passado de forma divertida e conceituar seu poder de cura de forma aceitável, afinal de contas se fossemos buscar racionalidade, o personagem nem existiria, ou em último caso teria uma premissa bem diferente do que o tornou cult:

Quanto à falta de vontade de se arriscar mais no roteiro, sinceramente, a afirmação é muito superficial, até onde eu sei, no USA a classificação é para maiores de 18 anos, no BRASIL maiores de 16, infelizmente nós sabemos que quadrinhos ainda continuam sendo visto como coisa de criança e adolescentes, ou seja, limitar o público não é pedir pelo fracasso de bilheteria?  O filme é repleto de cenas gratuitas de violência e sexo, com piadas até mesmo infames, em outras palavras pedindo para ser censurado e mesmo assim levaram em frente, se dispuseram a trabalhar nele durante 10 anos até ser exibido, e alguém é capaz de dizer que não quiseram se arriscar? É o “vírus” do politicamente correto afetando as veias do cérebro?

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Confesso que não li muita coisa do personagem, mas pelo pouco que o fiz, consegui sentir o personagem das HQs nas telas: o humor escrachado, a insanidade de WILSON e todas as outras características que fazem parte de sua personalidade desde que surgiu. Tendo preconceito por adaptações, demorei uns 15 minutos até ser fisgado, mas quando me permiti me diverti muito assistindo, mesmo vendo ali, claro, o romance entre a “mocinha” e o “herói”, fazendo jus ao eterno clichê do cinema; aliás, um dos pôsteres promocionais do filme é este do lado direito.486816-c_520_690_x-f_jpg-q_x-xxyxx

Mesmo nisso souberam tirar um sarro porque o fundo branco em pôsteres de comédias românticas é o fundo padrão nesse gênero, e até mesmo a FOX, aproveitando o dia dos namorados em Outdoors, brincou de forma séria com essa ideia e divulgou uma imagem de RYAN REYNOLDS e MORENA BACCARIN, que interpreta a personagem VANESSA CARLYSLE, como um casal apaixonado sob o titulo de DEADPOOL “TRUE LOVE NEVER DIES”: a tiração de sarro vai da divulgação a cada cena do filme em que a mocinha é uma streaper e prostituta, enquanto o mocinho é um mercenário “Ary Toledo americano”.

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Como de praxe também não deixo de mencionar que o filme é repleto de referências e easter eggs, como, frases usadas por DEADPOOL advindas de filmes famosos como ROBOCOP, menções de filmes como ALIEN, O 8º PASSAGEIRO, aparição de STAN LEE, e referências a outros personagens do universo MARVEL como HOMEM ARANHA e WOLVERINE.  Umas das referências que gostei bastante é o momento no qual DEADPOOL enfrenta com socos e pontapés COLOSSUS, quebrando todo o corpo remetendo a uma passagem do filme MONTY PYTHON em BUSCA DO CÁLICE SAGRADO de 1975.

A trilha sonora faz a cabeça dos velhacos telespectadores, contendo músicas como “MR. SANDMAN” [THE CHORDETTE], ANGEL OF THE MORNING [JUICE NEWTON], CARELESS WHISPER [WHAM], seguidas de outras que fizeram sucesso no passado, no entanto, contendo também sucessos atuais como X GON’ GIVE IT TO YA do rapper DMX e SHOOP [SALT-N-PEPA].

Durante a oficina que mencionei que participei horas antes de assistir ao filme, umas das regras explicadas para a proposta da maioria das produções cinematográficas como suspense e drama é evitar o conceito QUARTA PAREDE, muito utilizado no teatro, que sugere que os atores olharem nos olhos da plateia faz com que percebam que a história não passa de ficção e isso perde a razão de ser da peça; porém no caso do humor, esse recurso é muitas vezes usado como no filme, CURTINDO A VIDA ADOIDADO, no qual o personagem principal, FERRIS BUELLERinterpretado por Matthew Broderick – maior parte do tempo fala com o telespectador- no caso de DEADPOOL, igual aos quadrinhos, o personagem o faz com frequência conseguindo levar o telespectador mais a fundo nas idiotices de trama.

Assistir DEADPOOL com certeza nos faz refletir que

“com grande poder vem grande irresponsabilidade”.

Ah sim, quando estava para vir embora para casa após assistir ao filme, encontrei outro amigo que me perguntou que notava eu dava para o filme de 01 a 10, eu respondi: “09”.Não dei nota 10 porque apesar do contexto senti falta de sua bipolaridade em conflitos no qual argumenta e discute consigo mesmo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/deadpool/?key=105319

https://pt.wikipedia.org/wiki/Deadpool_(filme)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Deadpool

http://www.b9.com.br/62718/entretenimento/outdoor-de-deadpool-finge-que-filme-e-uma-comedia-romantica-para-atrair-desavisados/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_parede


 

 

CLUBE DE COMPRAS DALLAS [JEAN-MARC VALLÉE/ CRAIG BORTEN/ MELISA WALLACK]


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“Ás vezes eu sinto que luto por uma vida que não tenho tempo para viver” Ron Woodroof


SINOPSE: “A história de Ron Woodroof (Matthew McConaughey), consumidor de drogas, amante de mulheres, homofóbico, que, em 1986, foi diagnosticado com AIDS e recebeu a sentença de 30 dias de vida. A partir daí, sua luta pela vida intensificou-se e, quase à beira da morte, ele foi em busca de medicamentos alternativos fora do país já que o único remédio legal nos Estados Unidos para combater a doença, na época, era o AZT. Com a ajuda de sua médica, Dra. Eve Saks (Jennifer Garner), e do travesti Rayon (Jared Leto), portador do HIV, Woodroof criou clubes em que as pessoas pagavam por esses tratamentos alternativos, o que levou as indústrias farmacêuticas dos Estados Unidos a travarem uma guerra contra ele. Woodroof morreu em 12 de setembro de 1992, seis anos após o diagnóstico fatal.”http://telecine.globo.com/


cLUBE DE COMPRAS DALLAS, no original, DALLAS BUYERS CLUB, dirigido por JEAN-MARC VALLÉE, escrito por CRAIG BORTEN e MELISA WALLACK, é um desses filmes que dificilmente cairão no esquecimento após os créditos finais da película.  Longe de ser um desses roteiros que parecem explorar determinados assuntos como doenças e descriminação- explorar no sentido negativo de se aproveitar do assunto para garantir algumas “verdinhas”, ao invés de fazer-se conhecer o dilema de quem está sofrendo-, temos uma história- importante lembrar ser baseado em fatos reais, no caso, na vida de Ron Woodroof, -que consegue transmitir de forma consistente o dilema que era- infelizmente continua sendo– ser portador do vírus HIV na década de 80, tanto por questões medicinais quanto pelo preconceito sofrido pelos portadores.  WOODROOF, de inicio, passa o tempo levando uma vida desvairada: cheirando cocaína, se embriagando, tendo relações sexuais promíscuas [sem preservativos], organizando orgias, traficando drogas, fazendo apostas, enganando a todos, constantemente demostrando-se homofóbico, no entanto, mudando, ironicamente, seu ponto de vista quando rejeitado pelos amigos após ser diagnosticado com o vírus do HIV- vírus na época considerado doença de gay, ou no termo popular: “morde fronhas”, – e fazendo amizade com o transexual RAYON.

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_Essa cena é fantástica

Não por acaso, os atores MATTHEW MCCONAUGHEY e JARED LETO, em 2014, receberam o OSCAR de melhor ator e melhor ator coadjuvante.  O primeiro precisou perder 15 quilos para o papel do cowboy, enquanto o segundo 18, e encarnaram os personagens, tornando os criveis, nos fazendo refletir sobre suas atitudes, a sociedade como um todo, sobre o sistema.  Da mesma forma que no filme GERAÇÃO PROZAC, que em seu roteiro está inserida a reflexão sobre o uso de remédios de forma indevida/ e ou capitalista; em CLUBE DE COMPRAS DALLAS, a FDA, órgão governamental dos Estados Unidos da América responsável pelo controle de medicamentos, entre outras coisas, demonstra tratar com descaso os portadores do vírus HIV, não investindo o necessário na busca de novas drogas alternativas, tornando as relações mais burocráticas do que o necessário, insistindo em doses altas de AZT [azidotimidina], usado na época como tratamento do AIDS, e que passou apenas futuramente, a ser usado em dose reduzida.

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_ Um personagem que demonstra que preconceito se combate com atitude.

CLUBE DE COMPRAS DALLAS, facilmente consegue entrar numa lista dos melhores filmes sobre esses assuntos.


Tendo visto a interpretação de LETO, não duvido que este angarie novo prêmio em sua participação, interpretando o CORINGA, no filme ESQUADRÃO SUICIDA previsto para Agosto desse ano [2016].

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-137097/criticas-adorocinema/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dallas_Buyers_Club

http://telecine.globo.com/filmes/clube-de-compras-dallas/

Documentário: LOVECRAFT: MEDO DO DESCONHECIDO


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HOWARD PHILLIPS LOVECRAFT, mais conhecido como H. P. LOVECRAFT, nascido em Rhode Island [USA], no ano de 1890, falecido em 1937, é considerado o mestre do terror, tendo atribuído elementos fantásticos, típicos dos gêneros de fantasia e ficção científica a sua literatura, denominada por ele como “COSMICISMO” ou “TERROR CÓSMICO”. Conhecido, principalmente pelo conto “O CHAMADO DE CTHULHU” [The Call of Cthulhu] que iniciou o universo místico da entidade cósmica CTHULHU, que nas mãos de outros autores, com o passar do tempo, passou a ser conhecido como MITOS DE CTHULHU [Cthulhu Mythos], infelizmente apenas teve seu devido reconhecimento tempos depois de seu falecimento, por isso, nada mais merecido que um documentário sobre sua vida e obra.

LOVECRAFT: MEDO DO DESCONHECIDO, no original LOVECRAFT: FEAR OF THE UNKNOWN, dirigido por FRANK H. WOODWARD, apresenta entrevistas de personalidades como GUILLERMO DEL TORO, NEIL GAIMAN, JOHN CARPENTER, PETER STRAUB, CAITLIN R. KIERNAN, RAMSEY CAMPBELL, STUART GORDON, ST JOSHI, ROBERT M. PRICE e ANDREW MIGLIORE. É um importante registro para aqueles que se interessam pela vida e obra de LOVECRAFT, escritor que deixou sua máxima no imaginário coletivo:

 “A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido.”

CONFIRAM O DOCUMENTÁRIO:

 


NEIL GAIMAN em 1986 escreveu um conto chamado EU, CTHULHU, homenageando LOVECRAFT, quem quiser ler a tradução, basta clicar na imagem:

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Filme: ADAM [MAX MAYER]


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SINOPSE: “O jovem engenheiro eletrônico Adam acaba de perder o pai. Com dificuldades de se socializar, vive isolado em seu excessivamente organizado apartamento em Nova York. Sua rotina se transforma quando a atraente Beth se muda para o andar de cima. Inicialmente reticente com o comportamento estranho do vizinho, ela aos poucos passa a conhecê-lo melhor e a entender as razões por trás de suas dificuldades de comunicação. Percebendo o interesse de Adam e a profunda conexão que se formou entre eles, Beth resolve dar uma chance ao relacionamento”.

Normalmente não tenho interesse em assistir filmes que possuem como premissa personagens que estão sofrendo por causa de alguma doença, ou distúrbio psicológico por que, normalmente, parecem panfletários, estereotipados, querendo apenas garantir a verba arrecada pela bilheteria, em outras palavras: se aproveitando da infelicidade de alguns, sem na verdade se preocupar muito com a verossimilhança/ e sentido poético que a narrativa poderia oferecer. Com certeza existem muitos filmes sensacionais que tratam de determinados temas nesse sentido, um deles, por exemplo, MARY E MAX – UMA AMIZADE DIFERENTE, que tem como personagens principais um senhor de 44 anos, chamado MAX JERRY HOROWITZ, portador da Síndrome de Asperger; e uma garotinha de oito anos, chamada MARY DAISY DINKLE, no entanto, no momento, não é sobre este filme que pretendo discorrer, mas sim do filme ADAM, dirigido por MAX MAYER, que estreou no Sundance Film Festival em 2009, angariando o Prêmio Alfred P. Sloan: o filme também possui um personagem portador da Síndrome de Asperger, aliás, seu nome é ADAM RAKI, motivo do título da película.

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_Adam

ADAM [HUGH DANCY] após a recente morte do seu pai passou a viver sozinho na cidade de Manhattan, trabalhando como engenheiro eletrônico numa fábrica de brinquedos. Como já mencionado ADAM é portador da Síndrome de Asperger- transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento, considerado atualmente como um efeito brando de Autismo, – portanto sua vida segue alguns rituais como, por exemplo, observar uma família de Guaxinins- que vivem num parque próximo a sua casa, a qual apenas aparece no período noturno -; e que tem interesse obsessivo pelo espaço sideral: seu caso é nível hard. Solitário apenas tem como amigo HARLAN KEYES [FRANKIE FAISON], que fez parte do exercito americano, na segunda guerra mundial, e que serve como tutor de ADAM, desde que seu amigo, pai do jovem, faleceu.  A sua rotina começa a mudar quando BETH BUCHWALD [ROSE BYRNE], uma professora, que pretende ser escritora de livros infantis, passa ser sua vizinha, demostrando interesse por ele, buscando formas de aproximação, porém que se sente ignorada pelo fato de ADAM trata-la com certa indiferença.

O filme consegue prender nossa atenção do começo ao fim, principalmente pela excelente atuação de HUGH DANCY que soube incorporar de forma convincente o dilema de vida de ADAM, afinal de contas nunca é fácil para um indivíduo com algum transtorno neurobiológico viver em sociedade, principalmente por causa dos padrões comportamentais exigidas por ela. Não sou nenhum especialista na Síndrome de Asperger, no entanto, me sinto seguro em dizer que podemos classifica-la em três níveis: easy, medium e hard. O MAX do filme MARY E MAX – UMA AMIZADE DIFERENTE é nível hard, enquanto ADAM, nível médium, então, até onde pesquisei anos atrás, pessoas de nível easy são aquelas que possuem a síndrome, mas muitas vezes morrem sem sabê-lo por que algumas delas apreenderam a conviver com isso, tornando até mesmo difícil de reconhecê-las como tal pelos especialistas na área por que os portadores aprendem a esconder suas dificuldades, conseguindo demostrar emoções mesmo que de forma pouco espontânea.

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_Adam e Beth numa cena extremamente romântica

Umas das cenas que se tornou marcante para mim foi uma na qual a dor de ADAM, por alguém ter mentido para ele, é apaziguada com a ajuda do amigo HARLAN KEYES que diz que todas as pessoas mentem e o segredo é saber definir aquelas que merecem fazer parte de nossas vidas- é uma cena que condiz muito com o que já vivi e aprendi também.

Acredito que o final pode agradar alguns, enquanto outros não, talvez por que o desenvolvimento dos momentos finais seja muito rápido; talvez pela forma, um tanto inesperada, da personagem BETH, ajudar ADAM a entender o que ele precisa fazer para gerar a segurança que ambos precisam no relacionamento ente eles, e principalmente para sua própria vida- na verdade, estou dando minha interpretação das cenas finais.

Considero que se ainda não assistiu o filme é uma boa dica por, pelo menos, dois motivos:

  • A atuação de HUGH DANCY, como disse, é digna de nota
  • Para quem não conhece a Síndrome de Asperger e queira saber do que se trata, mesmo que de forma um pouco superficial.

A trilha sonora é linda.


 

TRAILER:

Caso alguém aí assista, por favor, volta aqui e comenta o que achou smiley-295353_1280